Pensar em amigos sempre fez parte da nossa vida como seres humanos. Necessitamos de comunicar e ter um confidente na nossa vida para que tudo possa fazer sentido. Ao longo da vida, temos muitos amigos… ou serão mesmo amigos? Começamos com 5 anos, somos amigos de toda a gente e gostamos de todos. Aos 10 começam a haver as zangas e pequenos dramas sobre quem vai ser a Bloom no jogo das Winx, mas todas essas brigas desaparecem quando o jogo começa. Aos 15, discussões com amigos são mais frequentes, pensamos que temos ali um apoio mas não. Só temos alguém que coscuvilha a nossa vida. Dramas com rapazes, sentir que somos substituídos no nosso próprio grupo de amigos.
Aos 18, a coisa torna se mais complicada. Sentes que tens aquela única amiga, aquela que vai ser para a vida, tens a certeza. Mas tudo muda… a universidade muda tudo. Começamos por não ter tempo uma para a outra, criamos um novo grupo de amigos, deixamos de falar diariamente, semanalmente, mensalmente… lentamente perdemos o contacto com alguém que pensamos nunca perder. Ou talvez não tenhamos perdido. Talvez a pessoa não esteja lá para nos como nos gostaríamos que estivesse. Talvez nos é que nos tornamos mais carentes pela amizade porque já não estamos tantas vezes juntas. Talvez a amizade não seja para sempre… Custa admitir, mas chegamos a um ponto da nossa vida em que começamos a questionar as amizades. Serão verdadeiras? As pessoas vão mesmo importar se com o que eu tenho para dizer? Sou importante para alguém? Começa a questão da existência. Será que sou boa amiga? Porque paramos de falar? Fiz algo de mal? Para mim, nesta fase começa o momento crítico, a famosa revolta. Sentes te revoltada por não conseguir manter uma amizade, por não conseguires equilibrar a tua vida e encaixar a tua amiga nela. Sentes te lentamente a ser esquecida e substituída por outras. Outras pessoas que vão ser confidentes da tua amiga, quando outrora eras apenas tu. Lentamente começas a perceber que a vida não tem piada sem amigos. Sentes raiva de ti própria porque não percebes porque nao tens aquela amiga. Isolas-te. Mas não podes fazer nada. Não podes obrigar alguém a estar contigo. Cada vez que queres falar com essa pessoa tens que ser tu a mandar mensagem, tu a iniciar a conversa. Claro que chega a um ponto em que já começa a ser demais para ti.
Não é suposto ser só uma pessoa a importar-se, mas ela decide afastar-se. Mesmo depois de tudo o que vocês já passaram ,ela nao compreende a tua importância. Secalhar sou demasiado sufocante, mas quando só se confia numa pessoa temos essa tendência. É esse o mal das amizades, não as conseguimos agarrar, prender, manter. Amizades não duram se for só uma pessoa a querer, tem que haver esforço mútuo. Coisa que neste momento na minha vida não há.
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